Missão internacional apresenta projeto Semear Digital em centros de pesquisa de Portugal e da França
O pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Édson Bolfe representou o projeto Semear Digital em missão internacional, realizada entre 7 e 26 de julho, a centros de pesquisa de Portugal e da França. A missão contemplou reuniões, eventos, visitas técnicas e treinamento para o compartilhamento de conhecimento e a articulação de oportunidades de cooperação, focadas nos temas de inteligência artificial, sensoriamento remoto, automação, agricultura de precisão e rastreabilidade.

“O objetivo da missão foi fortalecer parcerias estratégicas do Semear Digital com centros de excelência em PD&I no exterior. A presença ativa e a colaboração com universidades e centros de pesquisa internacionais também contribui para reforçar o protagonismo da Embrapa na transformação digital da agricultura e seu apoio no desenvolvimento rural mais sustentável”, afirma Bolfe.
Na Universidade de Coimbra, o pesquisador apresentou o projeto Semear Digital no colóquio sobre robótica, sensoriamento remoto e inteligência artificial na agricultura. Também foram realizadas visitas técnicas aos laboratórios temáticos do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade e a startups que atuam em temas associados à agricultura digital.

Ainda em Portugal, uma reunião com representantes do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), na Universidade do Porto, discutiu proposta de convênio técnico-científico com a Embrapa Agricultura Digital no âmbito do Semear Digital. As discussões envolveram a equipe do Laboratory of Robotics and IoT for Smart Precision Agriculture and Forestry e enfocaram linhas de pesquisa para Smart Farm, IoT e Sensoriamento Remoto.
A missão incluiu também a visita a Braga e Póvoa de Varzim, onde o projeto já realizou ações em parceria. O pesquisador Édson Bolfe participou de reuniões com a Associação Mobilizar com Valores (McV) e com a Casa Escola Agrícola Campo Verde (Ceacv) para análise do processo de capacitação profissionalizante em tecnologias digitais na agricultura para técnicos, agricultores e estudantes. Também foram realizadas visitas técnicas em propriedades rurais com produção baseada em tecnologias digitais nas cadeias produtivas da bovinocultura de leite e horticultura.
França
Interlocução com instituições de pesquisa também aconteceram em diferentes regiões da França. Em Montpellier, as visitas incluíram institutos de pesquisa das áreas de agricultura digital e de sensoriamento remoto, como o Convergences Institute for Digital Agriculture (Digitag) e o Land, Environment, Remote Sensing and Spatial Information (UMR TETIS), ligados ao Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) e ao Instituto Nacional de Pesquisa para Agricultura, Alimentação e Ambiente da França (Inrae). As atividades trataram de parcerias já existentes com a Embrapa e do alinhamento para novos convênios e linhas de pesquisa que estão sendo desenvolvidas nos diferentes Distritos Agrotecnológicos (DATs) do projeto Semear Digital.

Na região de Peyrole e Tolouse, Édson Bolfe esteve na área experimental do French Wine and Vine Institute (IFV) onde acompanhou um dia de campo sobre uso de robótica na produção de viticultura com a participação de empresas, startups, pesquisadores, técnicos e produtores rurais. “Houve a apresentação de robôs autônomos, com demonstração em condições reais de análise da qualidade de frutos, capina mecânica, aplicação de insumos e pulverização baseado em sistemas de orientação GPS-RTK, sensoriamento remoto e inteligência artificial”, conta o pesquisador. A visita também incluiu a Escola Agrícola “Cité Sciences Vertes” (Educadri), vinculada ao Ministério da Agricultura da França, para conhecer as ações de capacitação e laboratórios temáticos que apoiam a formação de jovens com atuação específica em agricultura digital.
A missão internacional foi encerrada em Paris, onde o pesquisador participou de uma capacitação em Inteligência Artificial (IA), por meio de curso promovido pelo Center for Artificial Intelligence da Universidade de Sorbonne (SCAI). O curso abordou o histórico e evolução da IA, aplicações e seus impactos sociais, econômicos e ambientais, interações com outras tecnologias emergentes, como IoT e blockchain, desafios em governança, cibersegurança, tecnofobia e tecnofilia em IA.
Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
Contato: agricultura-digital.imprensa@embrapa.br


