
Procisur planeja implantação de Distritos Agrotecnológicos no Cone Sul baseados na experiência do Semear Digital
Inspirados pela experiência do projeto Semear Digital, o Programa de Cooperação Internacional para a Agricultura do Cone Sul (Procisur) pretende implantar experiência piloto de Distritos Agrotecnológicos no Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. As discussões ocorreram no II Workshop Científico do Semear Digital (2025), ocorrido em Campinas nos dias 30 de junho e 1º de julho.
A proposta surgiu a partir do convite da presidente da Embrapa e coordenadora do Semear Digital, Sílvia Massruhá, que atualmente também está na presidência do Procisur. “Por meio de boas parcerias, construídas ao longo dos últimos dois anos, estamos ampliando o acesso às soluções no campo. Com a chegada de membros do Procisur podemos ir muito além”, disse Sílvia Massruhá.
Cecília Gianoni, secretária-executiva do Procisur, destacou a importância da parceria. “O Procisur trabalha por meio de convênios de cooperação para o desenvolvimento de projetos estratégicos em uma agenda regional. Nesse momento, a estratégia que escolhemos foi trabalhar com a agricultura digital, numa parceria com o Semear Digital, por isso foi essencial participar deste evento para conhecer o trabalho já realizado e poder planejar os nossos próximos passos”.
O projeto prevê a implantação dos DATs pilotos em quatro anos, tendo como modelo o processo do Semear Digital. “Viemos conhecer de perto o que é necessário para a implementação desse projeto, compreender que informações precisamos para definir esses DATs, as cadeias produtivas e as tecnologias digitais que já estão sendo desenvolvidas aqui”, explicou Cecília Gianoni.
Com o apoio dos pesquisadores das instituições associadas do Semear Digital, os representantes do Procisur pretendem definir a localização dos DATs e as cadeias produtivas até o final de 2025 e a implementação do projeto deve acontecer a partir do início de 2026. Seguindo o processo já realizado no Brasil, essas escolhas levarão em conta a necessidade de pequenos produtores rurais dos diferentes países, o nível de conectividade dos locais e da organização desses produtores em cadeias ou cooperativas.
A seleção das tecnologias digitais, ainda seguindo a experiência do Semear Digital, deverá ser feita em conjunto por pesquisadores e agricultores locais, com base no mapeamento de soluções gratuitas ou de baixo custo disponíveis para as cadeias produtivas definidas. Um dos critérios centrais para essa escolha será a acessibilidade para pequenos e médios produtores, garantindo que as ferramentas escolhidas sejam viáveis economicamente e adaptadas às necessidades reais de cada local e cadeia produtiva.
Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
Érica Speglich
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