O objetivo do projeto é superar as desigualdades no campo a partir de pesquisa, desenvolvimento, inovação (PD&I) em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) visando ampliar a produção e produtividade dos pequenos e médios produtores.

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14 de julho de 2025

Tecnologia digital impulsiona manejo sustentável da cultura do açaí em Breves, PA

Com foco na valorização da cadeia do açaí aliada à meliponicultura, o Distrito Agrotecnológico (DAT) de Breves, na Ilha de Marajó, no Pará, vem promovendo ações que integram saberes tradicionais, práticas sustentáveis e inovação digital. Nos dias 11 e 12/06, uma oficina reuniu 33 produtores e produtoras da comunidade Jupatituba para a apresentação do aplicativo Manejatech-Açaí e uma revisão das práticas de manejo da cultura do açaí. A programação contou com atividades teóricas e práticas, voltadas para quem já faz esse manejo e busca aprimorar o uso de tecnologias digitais no campo.

O acompanhamento das comunidades tem sido realizado mensalmente pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA) que atuam no projeto Semear Digital, seja por meio de visitas técnicas às propriedades, seja por oficinas de capacitação como as realizadas nesta semana.

As atividades acontecem no Manejaí, um centro de referência em manejo, conservação e restauração de agroecossistemas que tem como um de seus propósitos ajudar na articulação entre pesquisa, extensão rural e comunidades. O Manejaí está presente em alguns municípios do Marajó, incluindo Breves, onde tem apoiado as ações do Semear Digital por meio da mobilização dos produtores e cessão de espaço para realização das atividades teóricas e práticas sobre as tecnologias digitais voltadas ao manejo de açaizais e das abelhas nativas.

Novas tecnologias a caminho

Entre os dias 22 e 24 de julho, o DAT de Breves receberá uma nova ação com foco no Sisteminha Embrapa, solução desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte e já aplicada com sucesso em outras regiões do Brasil e da África. A proposta é integrar diferentes atividades produtivas como criação de peixes, cultivo de hortaliças, produção de ovos e compostagem, mesmo em espaços reduzidos, promovendo segurança alimentar e geração de renda.

Grande parte  dos produtores de Breves vivem e produzem em áreas de várzea, que são as regiões alagáveis que fazem parte da planície amazônica e passam longos períodos do ano sob influência direta do regime das águas. Essas áreas são extremamente férteis, mas apresentam desafios específicos para a agricultura e a criação de animais, como o risco de alagamentos, limitações de infraestrutura e acesso, e a necessidade de adaptar tecnologias às dinâmicas naturais do ambiente. “É importante verificar quais atividades produtivas podem ser interconectadas na área da comunidade e quais  condições são ou poderão ser realizadas. Conhecer a realidade da comunidade é relevante para avaliar quais  os ajustes precisam ser feitos ao Sisteminha Embrapa”, destaca Michell Costa, analista da Embrapa Amazônia Oriental e ponto focal do Semear Digital no DAT de Breves.

A oficina sobre o Sisteminha Embrapa contará com a presença do pesquisador responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, além de representantes da Secretaria de Agricultura do Município de Breves, SENAR, Emater, do Instituto Federal do Pará (campus Breves) e de produtores locais de Breves.

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